Ela passou os braços em torno de seu pescoço, seguiram em passos lentos pelo corredor; ele a fitava. Seus grandes olhos castanho-mel o encaravam, intensos e ao mesmo tempo serenos.
O som da chuva, das ondas do mar... Quebrava o silêncio.
O quarto estava iluminado pela luz que os vidros da janela filtravam, gotas de chuva corriam sobre eles. O vento suavemente fazendo canção com os cristais pendurados próximos à janela.
A cama estava parcialmente desarrumada, como se alguém houvesse “tentado” dormir ali. Ele a pousou sobre as cobertas, sentia as roupas úmidas entre ambos.
Quando ela o soltou, ele recuou para contempla-lá, como se ela fosse uma pintura antiga ou mesmo um anjo.
Sentou-se ao lado dela e suas mãos começaram a tocar levemente a pele macia e alva de seu braço.
Ela apenas o olhava, sua respiração ofegante, cansada. Quando os dedos dele roçaram seu ombro semi-nú, ela estremeceu, como se sentisse frio, mas todo seu corpo estava em chamas.
Ele se inclinou e sem demorar, a beijou na curva do pescoço, ao recuar, percebeu que ela o encarava séria. Uma expressão meio aborrecida estava em seu rosto.
Bruscamente ela disse:
_ Porque demorou tanto?
Ele sorriu levemente, os olhos cheios de amor e felicidade. Ele havia estranhado seu silêncio, pois ela sempre fazia tantas perguntas. Isso era uma parte da personalidade dela que costumava deixa-ló desconfortável, mas que acabou cativando-o. Perguntas do tipo: “_O que você sente quando me beija?”, “_Que tipo de coisas quer fazer antes de morrer?” ou “_Você pensava em mim, quando estava longe?”
O sorriso dele cresceu e olhando profundamente pra ela, apenas respondeu:
_Me desculpa, foi o trânsito!
Ela permaneceu séria por alguns instantes, mas seus olhos se iluminaram e retribuindo o sorriso, revirou os olhos, fazendo uma careta.
Ambos riram.
_Vem aqui!- Ela o puxou pela gola da camisa e ao beijá-lo, ela sentiu que a vida voltava a ter sentido enfim.
Porque estavam juntos novamente.
§Não é o fim, mas apenas o recomeço§
Por Anita dos Anjos☆
“O homem não morre quando deixa de viver,
O homem morre quando deixa de amar.”
Charles Chaplin
☼Espero que tenham apreciado o Conto, muito obrigado pelos comentários carinhosos e construtivos! Um grande beijo à todos... ☼
Primeiro quero lhe agradecer pelas visitas e comentários em meu cantinho de poesias. Segundo, pedir desculpas por não vir aqui com a frequência que gostaria... absoluta falta de tempo. Trabalho a semana toda e só me sobra o final de semana.
ResponderExcluirEstava mesmo curiosa para saber como seria este final. Gostei muito.
Sinto-me gratificada em vir aqui e ler seus contos.
Tenha uma ótima tarde!
Bjs :)
Parabéns, senhorita.
ResponderExcluirEste conto até parece uma dramaturgia. Vc consegui me deixar com vontade de ler mais, juro, mas sem aqle pensamento de q acabariam na cama loucamente, "o Romeu deseseperado pela Julieta". Foi um final que me deixou com vontade, apenas de saber qual era o final. E um belo de um final. O resto fica em nossas mentes. Mas parabéns pelas pelas palavras e pelo primeiro de muitos contos.
E obrigado pelo comentário lá no meu blog.
Beijo.
Uau esse final reuniu muitas coisas, amor, cuidados, sensualidade, um final envolvente dá pra sentir os sentimentos mais sublimes nas cenas que vai surgindo aos poucos em nossa cabeça. Muito bommmmmmmmm
ResponderExcluirUau esse final reuniu muitas coisas, amor, cuidados, sensualidade, um final envolvente dá pra sentir os sentimentos mais sublimes nas cenas que vai surgindo aos poucos em nossa cabeça. Muito bommmmmmmmm
ResponderExcluirParabéns, Anjo :)
ResponderExcluirE olha que eu leio, só que no reader, à boa maneira de quem não tem tempo para mais.
Obrigada pelas suas visitas e comentários lá na Voz :))
Antes de mais agradeço a visita e o comentário no meu blog. Gostei bastante deste "recomeço", uma primeira parte de descrição do local muito boa... parece que estou a ver tudo através de um quadro pintado com palavras. Depois a intimidade sensualmente descrita, como se cada momento se desenrola-se na cabeça do leitor, como se cada um de nós desempenhasse um papel neste trecho de "filme". Os meus parabéns :) Beijo
ResponderExcluirLINDOOOOOO............♥..............amei o final, se cuidou pra não ficar que nem aqueles livros da JULIA....amei de verdade....que romantico...ohhh...♥...te amuuuu....ઇïઉ
ResponderExcluirBonito, vc cria imagens bem bonitas.
ResponderExcluirOi amiga! Só hoje tive esse tempinho... Mas que lindo o amor, heim? Adorei e como gostamos de ler sobre os encontros felizes! Bjossss e bom final de semana!
ResponderExcluirOlá Anita..
ResponderExcluirParticularmente eu gostei muito do seu conto, você tem um tipo de inspiração e um modo de escrever bem sensual e carnal, portanto, carinhoso e intenso. Me sinto em seu conto quando o leio e a frase de Charles Chaplin no final combinou perfeitamente, pois em seus contos o silêncio dizia tudo e, em seu conto o silêncio e os atos dos personagens contam a história de um jeito contagiante.
Ficou ótimo,
Parabéns!