terça-feira, 25 de outubro de 2011

Conto: Haziel, Momento pessoal e Selinho


O ar estava pesado com todo aquele cheiro de cigarro, suor e bebida. Aqui e ali se ouvia risadas estridentes e escandalosas de algumas garotas ou o palavreado pesado dos caras. Do balcão ela encarava entorpecida o barman, ele era alto e ágil, jogava os drinks pra cima rodando sobre a cabeça, mas quando ela tentou fixar os olhos nos dele percebeu que ele balançava ou era ela que estava vendo as coisas se mexendo. Levou novamente o copo a boca e de uma só vez tomou toda tequila que ele havia acabado de servir. Sentiu a cabeça rodar, o cheiro de suor começava a enjoá-la. Precisava sair dali, o ar estava sufocante, pegou sua mochila surrada que estava no banco ao lado, pagou as bebidas e quase caiu quando se levantou para ir embora. Um cara qualquer a amparou lhe dizendo obscenidades leves no ouvido, provavelmente achando que poderia rolar um sexo oral no banheiro. Ela puxou o braço, soltando-se dele, seguiu em direção a saída trôpega, o chão subia e descia e ela ria.
 Quando abriu a porta do bar percebeu que estava chovendo, grandes lufadas de vento jogaram chuva na cara dela, o ar da noite frio e úmido a atingiu em cheio. Sem se importar com a chuva empapando todo seu cabelo seguiu pela calçada, olhava em frente, mas seus olhos não focavam em nada, estava absorta. Quando já ia virando a esquina trombou com alguém, não viu quem, a pessoa praguejou qualquer coisa e ela seguiu, mas não virou na esquina pela calçada, foi em direção a rua, os carros passavam ligeiro jogando a água empoçada pra cima.
  Num piscar de olhos estava na rua entre os carros, tudo a sua volta dançando e no fundo ouvia vozes gritando, sons indistintos. O cabelo molhado cobria sua face, suas roupas estavam grudadas no corpo pequeno e magro, a mochila parecia pesar uma tonelada.
 Viu um clarão vindo em sua direção, à luz se aproximava, ela apenas a encarou e em seguida sentiu um baque violento. Fechou os olhos e pensou em Alberto.
 _Alberto me perdoa!- as palavras saíram num sussurro, quase inaudíveis.
 Gritos, sons de buzinas e uma movimentação que ela sentiu estar a sua volta a fizeram se concentrar na dor, a dor que vinha agora em violentas ondas por suas costelas, a cabeça latejando. Abriu um pouco olhos, estava no asfalto molhado, alguém se inclinando sobre ela, dizendo coisas, viu os olhares curiosos das pessoas ao seu redor, um som ao longe de sirene e quando seus olhos focaram naquela figura que estava inclinada sobre ela tirando seu cabelo molhado e sujo de seu rosto, uma grande paz a invadiu, havia uma luz branca em volta da figura, um leve odor de violeta pairava no ar. Fechou os olhos novamente levando a mão com pequenos arranhões ao pescoço, segurou uma pequena medalha sussurrando: _Estou pronta, pode me levar! 
                            Continua...
                                         Anita dos Anjos



Momento pessoal
Quero pedir desculpas pela ausência, as pessoas que me conhecem bem sabem que não costumo compartilhar meus sentimentos facilmente, sou meio reservada e tímida. O mês de outubro não foi fácil pra mim, pois no dia 19 fez um ano que perdi meu bebê. Difícil demais, por inúmeros motivos (quem sabe mais pra frente compartilho isso com vocês, mas hoje não)! Então estive meio fora do ar mesmo! Continuo aqui, um dia depois do outro, vivendo e desejando muito ser feliz! Obrigado aos amigos pela preocupação e visitas carinhosas!


Quero dedicar este selo a todos os amigos do blog Diários do Anjo, muito obrigado! Sem os amigos, visitas e comentários um blog não é nada! Este selo é pra vocês!

Regrinhas:
1-  Divulgar o link de quem criou o Selo:
http://diarios-do-anjo.blogspot.com/
2- Divulgar o link de quem te indicou o Selo:(neste caso eu)
http://diarios-do-anjo.blogspot.com/
3- Repassar o Selo para todos os Blogs que têm a chave do seu coração:

Espero que apreciem o novo Conto e aguardo comentários sinceros de todos!
Beijinhos...  Bye!




terça-feira, 11 de outubro de 2011

Poesia, Leitura e Filme


Sem remédio 

Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.

E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!

Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!

E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!
              Florbela Espanca


 Li “O romance de Tristão e Isolda” de Joseph Bédier. Um Conto de amor e de morte que se passa na Cornualha. A lenda foi contada e recontada em muitas diferentes versões ao longo dos séculos e reavivada por Bédier em 1900. Com uma linguagem lírica e poética Bédier narra essa lenda, que fala sobre o amor eterno, intenso e proibido! O amor tão voraz e grandioso que diante da morte do outro, a outra metade se vai também. Triste, sensível e emocionante, a fatalidade do amor de Tristão e Isolda mostra o quanto o amor pode fazer sofrer e o quanto o destino nos prega peças.
 O encontro de duas pessoas é traçado pelo destino? Brinca Deus e a vida com o amor e com os amantes? Emocionei-me com a intensidade do sentimento e dos laços que uniu Tristão e Isolda.
  Em 2006 Ridley Scott produziu uma nova versão do romance de Tristão e Isolda para o cinema, estrelado por James Franco e Sophia Myles, mas confesso que o filme não tem muito haver coma lenda do livro, muitos dos detalhes são diferentes e apenas algumas características da estória foram mantidas na trama do filme, porém o filme também tem seu valor.
                            Super recomendo o livro e o filme!

 Em breve estarei postando meu novo Conto, aguardem! Obrigado a todos pelo carinho e preocupação! Já estou melhor, recuperada da virose e em breve postarei meus novos textos. Então grande abraço e beijinhos pra todos!




quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Voltei!

Olá amigos, andei ausente todos estes dias, pois estava doente, mal mesmo! Estou com muitas saudades daqui e de todos! Então vamos matar as saudades...


“O tempo não para. Só a saudade que faz as coisas pararem no tempo.” Mário Quintana


Li Fantasmas do século XX de Joe Hill e Assassinato no Expresso do Oriente de Agatha Christie.

 Joe Hill reuniu em uma coletânea 17 Contos, estórias de terror, suspense e até emotivas. São Contos profundos, perturbadores e tocantes. Eu adoro Hill, tenho lido todos os livros que ele escreve! Como sou fascinada por estórias de terror e suspense, Hill me cativou!

Nunca havia lido nenhum livro da Agatha Christie (um crime, eu sei!), há um tempo vi uma coleção de livros dela sobre o detetive Hercule Poirot, personagem super conhecido da Christie, estava em promoção! Comprei e guardei. Fiquei doente e resolvi ler um dos livros. Assassinato no Expresso do Oriente é envolvente! Fiquei super envolvida na trama, louca para saber quem era o assassino. Muito bom!
Super recomendo os dois!


Tenho ouvido Adele, as músicas são maravilhosas. Viciei!
Don’t you rememberRolling in the deep, Someone like you e outras...



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