terça-feira, 30 de agosto de 2011

Conto: A queda-Final


A Queda Parte final 

Ligou para Miguel e marcou pra se encontrarem por volta das dezoito horas na praça onde haviam se beijado pela primeira vez.
À tarde fora exaustiva! Arrumou-se, não queria que ele percebesse que havia chorado.
Minutos mais tarde, seguia para o centro da cidade em sua moto, a noite começava a cair, o vento frio cortando o ar. Parecia que iria chover!
Deixou a moto no estacionamento próximo à praça. Em poucos passos pôde avistar Miguel, estava sentado em um dos bancos de madeira, os braços apoiados no joelho, a cabeça baixa com ar pensativo fitava o chão.
Anna aproximou-se, ele se manteve imóvel.
_Oi... –disse sentando ao lado dele, sua voz soando insegura e apelativa.
_Oi.
_Miguel o que está acontecendo? Hoje à tarde você saiu correndo, estava estranho! Eu fiz alguma coisa que te aborreceu?
_Anna, estive com Jorge! Depois que saí da sua casa, fui atrás dele. Tivemos uma conversa difícil! Você sabe que somos amigos há muito tempo, ele esta sofrendo...
Anna o cortou: _Não estamos todos sofrendo, Miguel?
Ele a olhou, ela já o encarava, seu corpo levemente inclinado na direção dele. Segurava a bolsa no colo torcendo a alça num gesto impaciente.
_Não posso ficar com você!
_Não diga isso!
_Não posso! Anna, você não entende? Jorge é meu amigo; não agi certo!
_E eu? Então não significo nada pra você? Porque está fazendo isso? Sei que me ama! –suplicava com voz embargada e lágrimas descendo pela face sem se importar em parecer tola ou infantil. Apertava a bolsa nervosamente!
_Porque não quer mais ficar comigo? É por causa do Jorge? Não entende que nós já o magoamos, não faz sentido! Ele também é meu amigo!
_Não há honra no que eu fiz! Foi um erro!
_Eu fui um erro? Não acha que é um pouco tarde pra se dar conta disso? Porque não pensou nisso antes? E quanto a mim? -Anna sentia seu coração descompassado, as lágrimas embaçavam-lhe a visão. Todo seu corpo tremia!
Miguel desviou o olhar, se estava sofrendo ou aflito por ela, nada demonstrou. Ela se aconchegou a ele, segurando-o pelo braço. Procurava por algum sinal de que aquilo não passava de um pesadelo, mas ele permaneceu passivo e distante, imune ao seu sofrimento.
_Anna, chega! Eu não vou mudar de idéia. Sinto muito, mas só posso ser seu amigo!
_Não faça isso, por favor! Eu amo você! –disse agarrando-se ainda mais a ele, buscou-lhe os lábios. Ele deixou que ela o beijasse, mas não a correspondeu. Ele a segurou pelos braços, imobilizando-a de forma que poderia afastá-la ou aconchegá-la, encarou seus olhos castanhos avermelhados. Ela se deixou afastar, havia tanta dor em seu coração que desejou desaparecer ou morrer.
_Anna, acabou! –sussurrou soltando-a.
_Miguel...
_Eu já vou! Cuide-se! –levantou-se devagar, levando uma das mãos à nuca em sinal de cansaço.
Anna permaneceu imóvel, os braços caídos no colo, o rosto molhado e inchado.
Ele havia ido embora sem olhar para trás, deixando-a sozinha. Era o fim; estivera no céu por tão pouco tempo, deslumbrara o amor e agora encarava a queda. Ninguém a seguraria; bateria contra o chão e se machucaria; merecia morrer!
_E agora? –pensou. Buscou na bolsa um cigarro, acendeu-o com mãos trêmulas e o tragou lentamente.
Levantou, estava meio tonta, atravessou a rua apressando os passos, não queria ficar parada! Tinha deixado a moto no estacionamento.

Anna corria, o trânsito fluía tranqüilo daquele lado da cidade apesar do horário. Ia à casa de Jorge, precisava vê-lo. Será que o havia perdido também?
 Parou em frente a casa dele, a moto ainda ligada. Talvez não fosse a melhor hora para esclarecer as coisas, talvez ele já a odiasse! Desligou a moto, abaixou o descanso e desceu. Uma garoa fina e fria começava a cair!
 Seu rosto estava levemente vermelho e inchado, os cabelos revoltos pelo vento.
 Tocou a campainha três vezes, na quarta tentativa, Jorge abriu o portão, estava abatido, encarou-a surpreso e em seguida apreensivo.
 _Anna!
_Jorge, me desculpe, eu sinto muito! Não queria magoá-lo. As coisas simplesmente aconteceram... Podemos conversar?
Lembrou-se do que acontecera á tarde, sua fisionomia mudou de preocupado para decepcionado num piscar de olhos. Ainda a amava tanto, não estava pronto para vê-la com outro, ainda mais quando esse outro era seu melhor amigo.
Convidou-a para entrar, passaram pela varanda e quando entraram em casa, ela fechou a porta atrás de si. Sentaram-se no sofá, um de frente pro outro.
_Jorge... –ia começar a falar quando ele pediu com um gesto de mão que parasse.
_Não precisa me explicar nada! Eu não quero saber, até porque você não me deve nada!
_Eu sei que você e Miguel já conversaram. Você pode me ouvir?
Diante do silêncio dele, continuou: _Quero que saiba que você é uma pessoa maravilhosa, o tempo que passamos juntos foi muito especial! E hoje sua amizade é muito importante pra mim, não quero perdê-la! Por favor, diga que ainda somos amigos.
Após alguns segundos de silêncio, Jorge respirou fundo, parecia estar em algum tipo de conflito interno.
_Preciso de um tempo, Anna! Sabia que ainda amo você? Que queria tentar de novo? Acho melhor a gente não se ver por um tempo!
_Mas pensei que...
_Pensou o quê? Que já havia te esquecido? Que sermos amigos era suficiente pra mim? E porque você tinha que ficar logo com ele?
_Já disse, aconteceu! Não planejei isso, não queria magoar ninguém!
_Aconteceu! Ótima desculpa! –havia um grande sarcasmo em suas palavras e seus olhos demonstravam amargura e sofrimento.
Imediatamente, Anna arrependeu-se de ter ido procurá-lo, agiu por impulso como sempre.
_Eu não devia ter vindo! Desculpe se o incomodei, foi uma péssima idéia! –levantou-se bruscamente, indo em direção a porta, Jorge permaneceu sentado, as pernas afastadas apoiavam cada uma o peso dos braços, seus olhos ainda fitavam o lugar onde Anna havia se sentado. Não fez menção de se levantar.
Ela parou e segurando a maçaneta da porta, virou-se um pouco dizendo: _Jorge, espero que me perdoe por não ter lhe contado antes! Sei que agi mal quanto a isso! Espero que ainda possamos ser amigos. Me ligue quando quiser, tchau!
Abriu a porta e se foi, Jorge em silêncio nem ao menos olhou pra ela!

10 anos depois.
21 de Julho de 2011.

O sol aquecia suavemente a face de Anna, enquanto ela contemplava o oceano, a brisa salgada agradavelmente bagunçava-lhe os cabelos.
A extensão de areia branca se estendia a sua frente, aqui e ali havia pessoas caminhando na beirada da água, com pequenas ondas indo e vindo numa sintonia perfeita.
Respirou fundo! Nostalgicamente as lembranças surgindo devagar e vivamente. Fora ali que há dez anos Miguel havia dito que a amava.
_Como somos prisioneiros do tempo! –pensou. Ele nos conduz, cria ou apaga as lembranças, as memórias.
 Não pôde esquecer! Seguiu em frente, mas não deixou de se perguntar: _E se...
De quando em quando as lembranças lhe afligiam, sufocando seu espírito, nessas horas se deixava abater. Não podia fugir delas!
_Porque Miguel? –disse suavemente, uma lágrima rolou pela face. Jamais saberia! Precisava mesmo de uma resposta?
Talvez não...
Sorriu.
 Ouviu o toque de alerta de mensagem do celular, abriu a bolsa, pegou o telefone. Uma mensagem de Jorge.

“Anna, não se esqueça da festa de aniversário da Júlia. Será no sábado às quatro horas. Aguardo vocês! Jorge”

Olhou as horas, quase onze! Havia marcado com Pedro para irem ao mercado no horário do almoço, aproveitariam as promoções de quinta-feira. Depois compraria um presente lindo para a filha de Jorge e Clarice.
Atravessou à calçada, abriu o carro e entrou. Ligando-o, tratou logo de sintonizar na rádio Jovem Pam. Adorava ouvir música alta no carro, estava tocando um sucesso antigo do Paralamas:
 ...Há quem não veja a onda onde ela está
E nada contra o rio
Todas as formas de se controlar alguém
Só trazem um amor vazio

Saber amar
É saber deixar alguém te amar...
   Riu! Deu seta engatando a primeira, acelerou e foi em frente!
 Talvez voltasse a olhar para trás, mas sabia que o tempo não volta e a vida segue.
                                §Fim§   

   (Baseado numa estória real)
Anita dos Anjos


Obrigado a todos por terem acompanhado o Conto: A Queda! 


Terminei de ler Halo, achei uma bela estória de amor. Inocente e jovem aborda o tema: primeiro amor.  Recomendo...
Comecei a ler Madame Bovary de Gustave Flaubert. É uma leitura um pouco cansativa, pois se trata de uma estória de época.  Foi indicado como um ótimo livro... Estou conferindo! Beijinhos. Bye  



22 comentários:

  1. Nossa! Acho que no fundo eu sabia o que Miguel iria fazer...rsrs
    Linda historia me emocionou... pelo menos ela manteve a amizade do Jorge neh.

    Parabéns pelo conto Anita... pena q já acabou.
    Quando vai ter outro? kkkk

    bjos

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  2. Quando sentimos a dor em nosso ser, vemos que tudo é efêmero... assim é a vida.
    Olhar à frente, amanhã é outro dia...caminhar e viver.

    Gostei muito mesmo!

    Ótima noite!
    Bjs :)

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  3. É amiga, se há coisa que não se pode forçar é o amor.
    No fundo ficou a amizade.
    Bonita história, oxalá todos os amores pudessem acabar numa bonita e bela amizade!
    Beijo

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  4. Miguel foi um covarde e Jorge foi muito mais homem, coisas do coração, me emocionei com o final, poxa depois de tudo o Miguel sair assim da vida da Anna, assim como chegou saiu e nem ao menos pensou nela, mais no fundo não era amor de verdade, pois quando é verdadeiro se luta contra tudo e todos e o amor verdadeiro, não existe pecado ou culpas... eu amei, te amoooooooo... Bjs

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  5. adorei o conto... e acho que muitas pessoas tenham se identificado com as sensações vividas e detalhes descritos...
    Existem muitos homens como Miguel e tantos outros como Jorge...o tempo passa e desvia os focos mas não nos faz esquecer.
    Fiquei pensando no que ocorreu nesses 10 anos, como foi a vida dela,os pensamentos...se sofreu ou foi feliz. Afinal 10 anos se passaram e ela ainda carrega as mesmas lembranças...

    Parabéns, vc é ótima em suas palavras, estarei sempre aqui!
    Karina.
    http://odespertardumsonho.blogspot.com/

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  6. Miguel renunciou seu amor a Anna por causa do Jorge....então presumo que ele não a amava tanto...preferiu a amizade de Jorge!
    Eu gostei,pois pensou no amigo...mas não precisava terminar tudo com a Anna...depois ele ia entender que aconteceu naturalmente o romance...foi traição sim....mas ela não o quis magoar...ela se sentiu péssima e o Miguel também!Mas as vezes não tem explicação...o nosso coração não escolhe quem vai amar!
    É coisa de pele!
    Mas fiquei feliz que o Jorge se deu bem também...não ficou sofrendo o resto de sua vida...até filha teve!!!
    Parabéns pelo conto...foi muito emocionante e profundo!
    Beijão

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  7. Anita vc está de parabéns.Eu adorei o conto,foi realmente emocionante.

    bjus

    Doce Menina

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  8. Nossa! Senti a emoção da história saltar desta tela e invadir o meu peito!
    Gostei...
    Gpstei mais ainda da reflexão...
    O tempo realmente não para...

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  9. Gsotei, Anjo. parabéns pelo conto inteiro.

    Também adorei falar com vc e conhecer sua linda voz carioca. Beijo do Abner

    abnerlmesmo.blogspot.com

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  10. Nossa ou poxa ? rs
    Nossa, pq o conto foi maravilhoso.. e poxa, pq acaboou e eeu queria mais =/ e eu também queria qe ela ficasse com o mIgueel =/
    Maas enfim.. adoooooreeeeeeeeeei, mt mtt bom !

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  11. sabendo então q eh real....a historia ganhou contornos mais lindos...parabéns! rs...vou colocar o banner....rsrsrs...soh meio desatencioso...rsrs..me desculpe...e muito obrigado por sempre lembrar de mim.....vc eh um anjo, mesmo q seja quase.... Bjão! little angel

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  12. Desculpa minha demora na visita!
    Que conto maravilhoso e lindo, nem todas histórias tem um final como gostaríamos. Concordo com a Jane, o Miguel foi covarde, Jorge foi muito mais homem.
    Mas é isso aí, a vida segue; adorei o final Jorge seguiu em frente e continuaram amigos.

    Tenha um excelente fim de semana!! bjs

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  13. Olá Anna, seu conto me surpreendeu... por algum motivo e apesar dos apesares estava torcendo por uma virada que fizesse Jorge conseguir o amor de Anna, mas mesmo assim gostei bastante desse final, ficou realmente bom. Estarei no aguardo do próximo.

    Valeu pelo elogio do novo visual do Carpe Diem, quanto a tatuagem é bem assim mesmo não da pra parar em uma só rssrss

    O lance da borboleta é meio clichê mas se tem significado é isso que importa. ;)

    Beijos
    Bruno http://agoracarpediem.blogspot.com/

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  14. Obrigada pela visita! Um post maravilhoso!Seu blog é nota 10! Acabo de atualizar!Passa lá! Beijos e bom fim de semana! Alê

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  15. Olá!
    Foi um final bem triste, mas lindo. Afinal, a vida possue mais desfechos dramáticos do que finais felizes. É dai que sai toda nossa inspiração. Que pena a seperação dos dois, e por Anaa ter magoado jorge, mas destino é algo que não pode ser reescrito. E nem reelido.
    XX

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  16. Realmente foi um conto emocionante, tenho certeza que algumas pessoas irão se identificar bastante em alguns momentos.

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  17. Anita estou maravilhada como o seu conto evoluiu!!!Agora que finalmente consigo tem um acesso decente à net,vou lê-lo do início ao fim!Acho que Madame Bovary vai ajudá-la bastante a incrementar o seu estilo.Que tal iniciar a leitura do clássico "Os Sofrimentos do Jovem Werther",alias o autor Goethe,é um mestre da psique humana! Também recomendo na poesia Rimbaud,Baudelaire,poetas "malditos" e o ardor de Florbela Espanca,a Janis Joplin da literatura!

    Ah,menina,tu sabia que o perfil de Shina é meu?

    Eu tenho outros dois blogs com os quais eu exponho pensamentos formulados como se fossem dos personagens ou personalidades que eu aprecio,como a Shina e a Diotimia,mas infelizmente terei que deletá-los pois se não tenho tido cabeça para escrever no principal,que dirá nos outros? Quem sabe eu os reativo em outra ocasião?

    Anita continue assim,quero te mencionar nas minhas atividades teóricas!

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  18. Aff,bati o cotovelo aqui!

    Voltei só pra te mandar umas beijocas!

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  19. Ela gostou de alguém que só quis ser amigo dela.. e alguém gostou dela e ela só quis ser amiga.. é a vida!

    Miguel me surpreendeu.. sei lah, ele talvez tenha sido meio covarde.. Mas o amor né? quem entende?

    Gostei mesmo.. um final não tão feliz, mas feliz.

    A vida é mesmo assim.

    bjoo

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  20. Encantadoramente verdadeiro o seu conto. Eu sabia que o final seria surpreendente, posto que você demonstra muita sutileza em desenvolver o emocional e o psicológico dos personagens das suas tramas. Só uma dica, sem ofensa: evite nome de coisas comuns aos nossos dias, como o nome da rádio, use um termo genérico, como "uma rádio", "um programa de rádio", "uma música que diz:...e, ao final a chamada do autor". Outra coisa. Cuidado com as novas regras da NGB. Não se esqueça que não se usa mais as tremas. Oxítonas terminadas com ditongos ou tritongos crescentes tabém caíram, como o caso de ideia (antigamente era idéia), ou heroi (herói), doi (dói). No mais, suas conjugações verbotemporais são perfeitas, principalmente quando você se utiliza do mais-que-perfeito, o que determina sua excelência como escritora. Quanto à obra de Flaubert, Madamme Bovary, trata-se de um marco ao Realismo universal à mesma proporção que aqui no Brasil tivemos o Primo Basílio, de Eça de Queiroz. Leia-o e observe a proximidade das características literárias, como a riqueza dos detalhes.
    Ah! Quanto ao Pétalas ao Vento, você pode depositar R$ 40,00 na conta Itaú, Ag. 4773, Conta 05923-5, em nome de Maria Auxiliadora dos Santos Martins. Não se esqueça de enviar-me o seu enderereço. Um carinhoso abraço de escritor e continuemos em contato. Anseio por ler outras obras suas.

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  21. Também apaixonei-me pelo teu conto. Li toda a trama e o final, para mim foi emocionante, o fato dela terminar sozinha porém com lembranças de seu amor, foi algo que eu já vi na vida real. O que posso dizer para essa escritora? Parabéns e invista em ser escritora, sua imaginação nos leva junto com você e isso é que a leitura deve fazer. Espero logo, logo, ler outros contos teus.
    Ahh! Obrigada pelo selo, sempre é muito bom ser lembranda.

    Beijos querida.

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  22. Bom dia Flor !
    Nossa acabei de ler A queda e quer saber essa história contudo sei que foi o melhor para ela mais eu amei seu conto !!
    Com amor -- Débora_Cullen Do blog -- Twilight

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