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Parte V- Conto: Haziel
Uma corrente elétrica percorreu todo seu corpo, o estômago contorceu levemente, suas pernas bambearam e seus olhos ficaram fixos naqueles olhos que a encaravam de volta. Por um breve momento fitaram-se como se o mundo a sua volta não existisse. Ela jurava que ele podia ouvir seu coração bater.
_Sua chave!-ele falou suavemente colocando a chave na mão dela, trazendo-a de volta a realidade. Deveria estar parecendo uma boba daquele jeito de boca aberta. Levantaram juntos, ela segurando a chave e ele colocando as mãos nos bolsos do casaco.
_Ah, obrigado! É... Não precisava... Foi gentil da sua parte, não precisava se incomodar.
_Imagina! Incômodo nenhum... Aliás, a culpa foi minha, eu esbarrei em você. - sua voz era firme, mas suave.
_Eu nem percebi, acho que minha cabeça estava no mundo da lua... - ela sorriu sem graça, jamais alguém tinha causado esse tipo de efeito nela.
Os dois estavam parados na calçada úmida, enquanto falavam nuvens de vapor saiam de suas bocas. Seus olhares se encontravam e ela de vez em quando focava a boca dele. Ele era mais alto que ela, cabelos castanhos desgrenhados emolduravam seu rosto, de traços firmes. Parecia ter uns trinta anos, olhos castanhos mel, cílios negros e grandes e a boca levemente carnuda. _De onde veio esse cara?- pensou ela.
Ele sorriu, encarando-a. Olhava dentro dos olhos dela, queria entender a fé que ela sentia. Queria entender porque ela havia tentando se matar e ainda assim desejava tanto viver. Sabia que ela havia se arrependido de se jogar na frente daquele carro e que desejava o perdão de Alberto. _Que tal se eu te pagar um café? Pra compensar pelo esbarrão.
_Acho melhor eu ir andando, mas obrigado pelo convite. - Joana sentia que podia confiar nele, mas não estava pronta para se envolver com alguém. _Foi um prazer te conhecer!
_Mas você nem me disse seu nome?
_Ah, é mesmo a gente nem se apresentou!- dizendo isso Joana estendeu sua mão. _Meu nome é Joana.
Retribuindo o gesto ele tirou uma das mãos do bolso do casaco e apertou a mão dela. Subitamente seu coração acelerou e ele sentiu uma mistura de angústia e felicidade. A mão dela era quente e macia, tão pequena e frágil. Sabia agora quem era Alberto e porque Joana sofria, entendia a raiva e o rancor, mas não compreendia porque ela ainda sentia fé.
_O meu é Haziel! E é um prazer te conhecer... - disse sorrindo.
_É um prazer, Haziel! Então a gente se vê por aí... Está começando a garoar e...
Haziel olhou pra cima, fechando os olhos respirou fundo, em seguida olhou Joana nos olhos soltando sua mão. _É... Vai chover! Tô vendo que não trouxe guarda-chuva! É melhor se apressar.
Joana sorriu encantada pelo comportamento diferente e cativante dele, ele transmitia paz e segurança.
_Então, tchau Haziel! – ela seguiu pela calçada, parado, ele a viu se afastar. Antes de virar a esquina, ela olhou pra trás, encarando-o por instantes antes de desaparecer de vista.
Seu coração estava descompassado, suas bochechas quentes e tinha certeza de que estava vermelha. Aquele aperto de mão foi mágico. Sem contar que ele cheirava a violeta. Todo seu corpo ficou arrepiado e nem sabe como conseguiu fazer com que suas pernas a obedecessem. _Haziel!- disse o nome dele baixinho. Ele a impressionou, não podia negar, mas não merecia se sentir feliz. Não tinha o direito de ser feliz. Não quando havia sido responsável por tanto sofrimento. Pensou em Aline e no quanto estava sendo má com ela. Tinha medo de se abrir para amiga, não queria criar a ilusão de que tudo ficaria bem. Mais cedo ou mais tarde, ela iria embora. Aline merecia ser feliz, depois de ter sofrido tanto com a morte de Alberto. Afinal eles haviam se casado meses antes do acidente.
Uma lágrima desceu pela face de Joana ao recordar o dia do casamento do irmão. Dias felizes! _Porque ele e não eu?- pensou. Joana sentia que ela devia ter morrido e não Alberto. De repente a chuva caiu em torrentes, em segundos estava encharcada, com o cabelo já grudado em seu rosto, visualizou a entrada da casa de Aline, as luzes da sala estavam acesas. Será que ouviria um sermão?
Continua...
Anita dos Anjos☆
“O mundo é mágico.
As pessoas não morrem,
Ficam encantadas.”
Guimarães Rosa
Haziel!(suspiro)
ResponderExcluirEsses capítulos são tão curtinhos.
Adorei o encontro com o Haziel, um cara misterioso, adoro isso.
Se o aperto de mão foi mágico... imagina um beijo *-* ... Já estou viajando aqui... kkk
Beijos querida... Conto melhor a cada dia. =D
Desculpe pelo meu sumiço hein...só agora estou podendo comentar...estava com problema no blog...mas finalmente normalizou!!!
ResponderExcluirEsse conto é um conflito...porém instigante!!!
Você sempre arrasando hein!!!
Depois,volto com mais calma tá!!!
Boa noite!!!
Beijão linda
Anjo querida, saudades de tuas palavras amigas.
ResponderExcluirAbraços.
Marcos Alderico
Sucesso com a promoção
ResponderExcluirBeijos
@pocketlibro
http://pocketlibro.blogspot.com
Fiel como sempre na minha leitura.Vim correndo para ler mais um pouco deste interessantíssimo conto...
ResponderExcluirEsperando que nos traga mais...
Beijo grande minha amiga
Olá!! Passando pra conhecer o seu cantinho... Adorei, muito legal o estilo. Já to seguindo!
ResponderExcluirAproveito p te convidar a conhecer o meu blog de variedades (sou o nº 1040 das Blogueiras Unidas). Informo q o espaço p parcerias está aberto lá no Vou-de-Blog!
Bjinhos!!
www.voudeblog.com