Abriu os olhos lentamente, a luz ofuscava sua visão. Aos poucos o mal estar ia surgindo, como se houvesse sido atropelada. Subidamente recordou-se o que havia acontecido. Ela havia sido atropelada!
_Joana!- ela olhou em volta e Aline estava lá, ao lado dela, com seus delicados olhos castanho-esverdeados cheios de preocupação.
_Ah, Joana, que bom que você acordou! Que susto, heim!
_O que você esta fazendo aqui, Aline?
_O hospital me ligou, o único número de telefone que eles encontraram na sua carteira foi o meu! Como você esta? Parece péssima!- um tímido sorriso surgiu nos lábios de Aline, numa expressão de carinho.
_O que aconteceu? Onde eu estou?
As lembranças do atropelamento estavam voltando. Tentou se sentar da melhor maneira que pode, havia soro em uma de suas veias.
_Calma, você foi atropelada, está no hospital há dois dias. O médico que esta cuidando de você já foi chamado.
Joana estava confusa, mas lembrou do acidente. Havia chuva e os faróis do carro vindo em sua direção. E aquela luz branca!
_Aline, está sentindo cheiro de violeta? Aí, minha cabeça dói!- levou à mão a cabeça, no local havia um enorme curativo.
_É melhor se deitar de novo, você bateu a cabeça e teve que levar alguns pontos, mas já fizeram exames e “graças a Ele” não aconteceu nada grave.
Aline fez com que Joana se deitasse novamente, via que ela estava desorientada, queria que o médico chegasse logo para examinar a amiga. Toda vez que Aline se referia a Deus o chamava de “Ele”, sabia que há muito tempo, Joana não queria ouvir o santo nome dele.
Joana deitou, fechou os olhos respirando fundo, sentia o corpo moído e cansado, onde a haviam furado para colher sangue e colocar soro estava arroxeado, pequenos hematomas se formaram como se ela houvesse se drogado, suas veias eram finas e difíceis de encontrar. Havia arranhões profundos na mão direita e todo seu braço esquerdo estava enfaixado.
O médico chegou e a examinou. Fazendo perguntas e mexendo aqui e ali pra ver como estavam os ferimentos. Examinou atentamente a cabeça de Joana, havia a preocupação de uma lesão grave no cérebro, mas após exames detalhados foi confirmado que ela estava fora de perigo, e que em mais dois dias teria alta. Ficaria no soro, pois estava bem desidratada e fraca. O médico disse a Aline, que foi constatado no exame de sangue grande quantidade de álcool, sem contar que Joana estava anêmica e desnutrida.
No dia da alta, Aline estava no hospital para levar Joana com ela pra casa.
_Você vai comigo, Joana! Deixa de ser teimosa. Porque esta agindo assim?
_Já disse que não vou com você. Eu não pedi pra eles te chamarem aqui! Você não precisava ter vindo.
_Ah, então é assim? Eu não precisava ter vindo! Joana olha pra mim!- Aline estava ao lado dela na cama, Joana olhava para o outro lado do quarto, não queria encarar a amiga.
Aline segurou sua mão e disse:
_Eu sou sua amiga há dez anos, às vezes conheço você melhor do que você mesma!- fez uma pausa.
_Eu amo você, o que aconteceu com Alberto não foi culpa sua. Não acha que é hora de parar de se culpar? Você esta se destruindo e eu não posso simplesmente ficar de braços cruzados e deixar você se matar.
Lágrimas rolaram pela face de Joana, havia tanta dor, mas também havia saudades da amizade e do carinho de Aline. Por mais que tentasse lutar contra o que sentia, no seu coração sentia que merecia sofrer, desejava morrer.
_Aline, você sabia que no dia em que eu fui atropelada estava fazendo um ano da morte do Alberto? Eu não posso mais conviver com essa dor! E você não pode me cobrar nada, eu não tenho mais nada pra dar a ninguém.
_Eu sabia sim! Não esqueci o que houve com ele e não deixei de amá-lo porque ele se foi, mas você está aqui e tenho certeza de que ele gostaria que fosse feliz. Você não precisa ficar sozinha! Eu estou aqui, Joana, me deixa ajudar você, por favor!
Agora Joana a encarava, os olhos úmidos e vermelhos, as duas se abraçaram, um abraço forte e cheio de saudade. Choraram juntas, os soluços embalando o reencontro emocionado das amigas. Antes do acidente, fazia uns oito meses que não se viam. Joana sempre fugindo, enquanto Aline a procurava. Queria ajuda - lá, dizer a ela que não se culpasse pela morte de Alberto.Continua...
Anita dos Anjos☆
Obrigado por estarem acompanhando meu Conto! Beijinhos...
Poxa já acabou.. tava tão bom =)
ResponderExcluirAnita adoro todo o sentimento que você consegue passar através em suas palavras, isso deixa a historia encantadora.
O aconteceu com Alberto para Joana se culpar assim??
=/
Não vejo a hora do próximo capitulo
Super beijoss ^^
Este é o problema! Agora ficamos morrendo de curiosidade para saber todo o resto!!!
ResponderExcluirUm beijo minha querida, continuo te acompanhando sempre!
Anita!!!Que bom ter tido tempo para te visitar! E encontrar uma continuidade de seu conto...Aguardando a próxima etapa. Desejo-te alegrias, paz e tudo de bom!!!Parabéns sempre!
ResponderExcluirBJossssssssssssssssssssssssss
Deliciosos seus contos...!
ResponderExcluirCom gostinho de quero mais...
"A poesia é oração que cuida da alma."(Haydee Cerantola)
Saudações Poéticas...!
Nada melhor que um abraço e de uma amiga então sem preço, ricos são aqueles que tem amigos e que possam contar com eles sempre.
ResponderExcluirAmei irmã, a ligação entre as duas é muito forte.
Te amoooooooooooooo... quero sorveteeee... tá calor!!! Ahuahuahuahuahua... te amo!!
Amigas existem também para nos dar esporro,ora senão! Que clima de fuga entre elas hein!
ResponderExcluirColabora menina,sai dessa cama!!!!
Beijocas,Anita!
Oiie de novo aqui para falar que tenho dois selinhos para você.
ResponderExcluirhttp://mundodeisia.blogspot.com/2011/11/selinhos-desafios.html
bjos